Attack on Titan é uma daquelas séries que nos proporcionou uma trágica história de amor pela qual os fãs não puderam deixar de torcer. Hajime Isayama provocou os sentimentos de Mikasa por Eren, mas deixou-os em aberto até o final. Foi somente no momento final, quando Mikasa teve que decapitar Eren, que os fãs viram os dois se beijarem. Muitos fãs não ficaram satisfeitos com esse final e expressaram suas opiniões on-line. Eles perguntaram: e se Mikasa tivesse escolhido de forma diferente? E se ela tivesse ficado ao lado de Eren durante o Rumbling?
Embora seja um gesto romântico e confirme toda a tensão criada em torno da dinâmica de Eren e Mikasa, isso teria anulado o aspecto de terror de sobrevivência da história. Além disso, olhando para a realidade sombria do mundo em que viviam, as chances eram de que nem mesmo ela teria sobrevivido.
O ponto principal da história foi escrito de forma que esses personagens estivessem lutando por um objetivo maior, que era salvar o mundo. As ações de Mikasa aumentaram a tensão emocional e narrativa da trama. Foi ela quem acabou impedindo o genocídio que ele iniciou.
Eren e Mikasa vistos em Attack on Titan (Imagem via Toei Animations)
A ação de Mikasa em Attack on Titan não foi apenas um sacrifício. Foi um ato de misericórdia. Eren se tornou o vilão para que seus amigos pudessem ser heróis. Mikasa entendeu isso. É por isso que ela foi até o fim, mesmo que isso a tenha abalado.
Então, se imaginássemos um cenário alternativo em que ela decidisse escolher Eren, aqui estariam alguns cenários prováveis. Um deles poderia ser o fato de que nada mudaria no grande esquema das coisas, exceto que agora até Mikasa também morreria.
No final de Isayama, Eren havia decidido exterminar a humanidade fora da ilha. Sua mente estava definida. Ele não estava fazendo nenhuma pausa para reconsideração. Se Mikasa, em Attack on Titan, tivesse se juntado a ele, ela poderia ter ficado ao seu lado enquanto o mundo queimava e seria destruído com ele.
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Além disso, outros personagens muito competentes poderiam ter impedido Eren. Isayama a escolheu apenas para encerrar a história deles. E esse alguém poderia ter sido Levi. Ele já havia perdido todas as pessoas que considerava próximas, então Levi teria acabado com isso em um segundo, sem hesitação.
Aqui está a parte que complica tudo: Eren não estava realmente no controle do Titã Fundador. Quem tinha o poder real de iniciar e interromper o Rumbling era Ymir Fritz, o Titã original. Eren era um recipiente.
Em Attack on Titan, Ymir precisou escolher acabar com seus 2.000 anos de servidão. Então, no final das contas, eles precisavam encontrar uma solução que não apenas interrompesse o genocídio e salvasse a humanidade, mas que encerrasse esse ciclo para sempre.
O poder do amor trágico na história de Attack on Titan
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De muitas maneiras, Mikasa ficar com Eren teria sido emocionalmente satisfatório por um tempo. Os fãs que ansiavam por uma solução romântica poderiam vê-los juntos no final, em meio a um mundo destruído. Mas a verdade é que esse final seria vazio. Teria destruído tudo o que a série havia construído: o custo da liberdade, as consequências da escolha e o fardo do amor.
O amor de Eren e Mikasa em Attack on Titan era sobre o que você está disposto a sacrificar por aqueles que ama. Mikasa escolheu o mundo em vez de Eren. Eren escolheu se tornar um monstro para dar a seus amigos uma chance de paz. Esse é o horror e a beleza da história.
Pensamentos Finais
Assim como Eren em Attack on Titan não conseguiu encontrar uma solução pacífica para acabar com as coisas, Mikasa também teve que ajudá-lo tomando uma decisão difícil. Era um fardo sobre os ombros de ambos. Esse final é sobre ciclos, sobre o destino, sobre a fragilidade da paz.