Em Bleach, as batalhas sobrenaturais entre forças fortes no anime podem ser usadas como alegoria de uma batalha ideológica, identidade e crescimento. Os Arrancar, Hollows que perderam suas máscaras e também adquiriram os poderes de Shinigami, aparecem nos arcos Hueco Mundo e Fake Karakura e desempenham um papel importante em ambos. Essas criaturas, pelo menos as Espada, não são apenas vilões, mas representações dos medos e instintos humanos.
Os Espada são os guardas de elite de Aizen, e cada um deles simboliza uma das facetas da morte. Seu confronto com os heróis não envolve apenas força bruta, mas também determinação, resistência moral e emocional.
Zommari Rureaux, o Séptima (7º) Espada em Bleach, simboliza a ideia de intoxicação, que é emocional, espiritual e egoísta. Embora não tenha poder bruto em comparação com outros membros da Espada, Zommari é caracterizado por poderes distintos e filosofia sobre o que constitui superioridade. O fato de ele estar em Bleach mostra que a arrogância e a obediência impensada podem ser um elemento bastante destrutivo, mesmo em uma hierarquia militar muito ordenada. Ele acredita que é o auge da velocidade, possuindo o Sonido mais rápido de todos os Espada. Ele também é calmo, mas com uma forte atitude de zombaria.
Rureaux está confiante de que os Hollows são superiores aos Shinigamis e que Aizen, um antagonista de Bleach, é divino. Isso é o que impulsiona sua intensa lealdade, envolvendo-o mais tarde em um confronto dramático e, em última análise, letal com o capitão Byakuya Kuchiki quando ocorre a invasão do Hueco Mundo.
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Zommari Resurreccion é chamado de Brujeria, que significa bruxaria. Seu corpo passa por mudanças radicais quando é ativado, e ele desenvolve cinquenta olhos em seus braços e pernas. Com esses olhos, ele pode empregar uma habilidade conhecida como Amor, na qual pode controlar as partes do corpo para as quais esses olhos olham. Essa capacidade é particularmente perigosa, pois segue a luta convencional.
Zommari controla o corpo de Rukia Kuchiki com Amor, tornando-a uma possível ameaça para seu irmão, e isso destaca sua astúcia e estilo de luta suja. Isso é usado tanto como espetáculo quanto como personagem em Bleach.
Zommari grita seu louvor a Aizen enquanto morre (Créditos da imagem: Studio Pierrot)
Zommari Rureaux acaba perdendo para Byakuya Kuchiki apesar de seus poderes assustadores. A luta deles em Bleach é muito mais do que um simples teste de força – é um conflito de ideologias. Zommari culpa os Soul Reapers por serem desumanos e hipócritas ao matar Hollows e rotula Byakuya como um assassino. Byakuya nega sua linha de raciocínio, porém, dizendo-lhe que tudo o que ele guarda é o que lhe é precioso: Seu orgulho e o que ele ama. Em seus últimos momentos, Zommari é visto gritando louvores a Aizen, uma indicação de quão cego sua lealdade o tornou.
Papel de Zommari Rureaux no mangá Bleach
A aparição de Zommari no mangá Bleach é relativamente curta, mas significativa em termos de tema. Sua posição é paralela às deficiências da devoção cega e aos perigos da presunção. Sua morte é literal e simbólica, a morte do orgulho descontrolado e do fanatismo. O mangá dá uma importância especial à sua queda como um ponto de mudança, não apenas como um ímpeto narrativo, mas também como um ponto de manifestação das premissas filosóficas mais amplas da própria série.
Zommari encontra Byakuya (Créditos da imagem: Studio Pierrot)
Zommari não é visto nos arcos subsequentes do mangá e acaba sem ressurreição ou encerramento pós-epílogo. Sua perda, no entanto, reforça o pensamento de que com o poder vem a loucura. Ele é o único dos poucos Espada que tenta camuflar sua luta por ideologia e luta – portanto, seu personagem se destaca intelectualmente, embora tenha saído nas primeiras partes do jogo. Ele ainda é mencionado no bate-papo do fandom sobre os personagens subutilizados e as filosofias de Espada.
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Embora Zommari não apareça no arco de guerra do epílogo (a partir dos lançamentos existentes) em Bleach ou na adaptação do arco para anime (Thousand-Year Blood War), ele tem seu legado. Ele tende a ser comparado a outros personagens que evoluíram de suas ideologias originais, como Grimmjow ou Ulquiorra. O oposto é verdadeiro no caso de Zommari – ele é rígido demais para mudar, o que é sua ruína. Ele não sabe onde os outros sabem – ele mesmo atua como um tema e um símbolo de advertência para o grande mundo de Bleach.
O personagem de Zommari Rureaux prova como o orgulho, a lealdade e a ideologia podem ser usados não apenas como uma ferramenta para formular uma estratégia de combate, mas também como um meio de autodestruição. Sendo o 7º Espada, ele acrescentou um novo resultado à fórmula das batalhas e uma posição filosófica ao desconfiado Byakuya com seu puro pragmatismo. Embora não tenha desempenhado um papel significativo em Bleach, seu personagem foi necessário na oposição ideológica que enriqueceu a narrativa de Hueco Mundo e enfatizou o medo do fanatismo.
Zommari sempre foi aquele potente lembrete de convicção que evita a introspecção e a reflexão, um importante lembrete de que a força em Bleach é uma parte igual da visão mental e um aspecto da força bruta.